FAQs Archive - Page 4 sur 25 - Le Grand Projet

Q: É OBRIGATÓRIA A PARTICIPAÇÃO EM UMA EMPRESA NÃO MERCANTIL?

Nós não propomos troca. Portanto, o "só dou se você me der" não é a base da organização que propomos. Em uma sociedade não mercantil, não é preciso dar algo especial toda vez que se pede à alguém para ajudar. É "unidirecional". Entretanto, surge a questão se você deve participar (aqui ou ali, no mesmo nível que os outros). De fato, a doação move outras linhas. Como um alojamento compartilhado entre 5 alunos. Se um decidir não limpar as áreas comuns, os outros 4 terão que passar mais tempo fazendo isso. Para cada indivíduo que é alimentado, alojado, cuidado e aquecido, há um esforço humano por trás dele. Em um nível baixo de não-participantes o impacto é mínimo. Mas quanto mais os cidadãos decidirem não fazer nada, mais aqueles que participarem terão que fazer mais por si mesmos. Portanto, esta liberdade de não fazer nada, reduz um pouco a liberdade dos outros. Por conseguinte, eles têm uma palavra a dizer se aceitam ou não. O Grande Projeto não toma uma posição porque convida à reflexão e ao debate sobre este tipo de assunto.

Q: OS TRABALHOS DE MARKETING E COMUNICAÇÃO AINDA SERÃO ÚTEIS?

Isto é algo que vamos determinar juntos. Redefinir o papel e o lugar da comunicação e do marketing em uma sociedade que não mais incentivará o consumo. Esta é uma questão complexa. Poderíamos optar por manter estes sistemas para promover, por exemplo, produtos/serviços não poluentes, incentivando o consumo durante colheitas abundantes ou destacando economias não-materializadas (felicidade, bem-estar, etc.). Além disso, permitiria a disseminação em massa de informações sobre debates importantes para a humanidade, etc. Pode-se ver que ainda há uma boa esperança para estes setores.

Q: COMO PODE UMA EMPRESA QUE NÃO DESEJA MAIS CONTRIBUIR PARA ESTES ABUSOS SE POSICIONAR ANTES DA TRANSIÇÃO?

Uma empresa tem uma rede à qual pode se comunicar e compartilhar seu desejo por um mundo sem dinheiro (acrescentar um link na assinatura de e-mails, por exemplo). Também pode comunicar esta decisão a todos os seus parceiros, funcionários e fornecedores para encorajá-los a fazer o mesmo. Ela também pode incentivar seus parceiros a imaginar e antecipar a reorganização de suas empresas sob as vantagens de uma organização não mercadológica. Sem necessidade de marketing, sem patente, sustentabilidade de seus produtos, automação possível sem repercussões sócio-econômicas, concorrentes se tornando colaboradores, etc.

Q: CADA ASSEMBLÉIA FAZ SUA PRÓPRIA REGULAMENTAÇÃO PARA SEU SETOR. NESTE CASO, COMO TURISTAS OU VISITANTES DE UMA ÁREA SABERÃO COMO SE COMPORTAR?

Antes de tudo, na ODG cada assembléia não faz "seus próprios regulamentos". Ela escolhe o regulamento nas escolhas que lhe são específicas, e não naquelas que dizem respeito a outras assembléias. Por outro lado, assim como você pode não conhecer as leis e todos os costumes de um país que você visita hoje, também pode não ser necessário conhecê-los em uma organização não mercantil. Finalmente, provavelmente seremos informados, como somos hoje, sobre os pontos essenciais a serem conhecidos.

Q: SE CADA ASSEMBLÉIA FIZER SUA PRÓPRIA LEI E HOUVER DESACORDOS ENTRE DIFERENTES SETORES OU MODOS DE VIDA?

Em todos os casos e em todos os modelos possíveis de sociedade, haverá desacordos. Na ODG, não é uma minoria que decide, nem a maioria, mas a busca do consentimento. Cada assembléia é livre para fazer seus próprios regulamentos. Ela o faz nas escolhas que lhe dizem respeito, não naquelas que dizem respeito a outras assembléias. Tão logo uma ou mais assembléias estejam preocupadas com uma escolha (que é, portanto, uma escolha comum) um debate com consentimento é a melhor maneira de encontrar um acordo mutuamente satisfatório.